segunda-feira, 11 de julho de 2011

Festa Junina

Festas juninas, festa de São João ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João".

Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da Europa — Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia —, mas são encontrados também na Irlanda, na Galiza, partes do Reino Unido (especialmente na Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.

Tradições e costumes

Origem da fogueira

Fogueira de São João em Mäntsälä na Finlândia. Fogueiras de São João são bastantes populares na Finlândia, onde parte da população passa o dia de São João ("Juhannus") no campo ao redor das cidades em festejos.
Balão de São João em Portugal, cidade do Porto

De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (25 de dezembro) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.junio camargo

O uso de balões

O uso de balões e fogos de artifício durante o São João no Brasil, está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no balão com desejos e pedidos. Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em muitos locais, devido ao risco de incêndio.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como traque, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo.
O mastro de São João

O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês — o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton". O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro.

Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.

A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)

A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

"Quadrilha Caipira" (São Paulo)
"Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
"Baile Sifilítico" (Bahia)
"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
"Quadrilha" (Sergipe)
"Quadrilha Matuta"

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa e outros paises na minha cidade de almenar atanbem é muito populosa com qrandes festas de quadrilha
Outras danças e canções

No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado, o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.

Costumes populares

Festa junina caipira.

As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.

No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.

No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plástico e alho-porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.

No nordeste brasileiro, O forró assim como ritimos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e cançoes típicas das festas juninas.
Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio

O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:

Confessei-me a Santo Antônio,
confessei que estava amando.
Ele deu-me por penitência
que fosse continuando.

Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:

Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. E elas pedem:

Meu Santo Antônio

Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.

No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.

Em Lisboa, é tradicional uma cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200 a 300 casais ao mesmo tempo. Esta "tradição" começou nos anos do salazarismo, e desapareceu com a revolução de 74. Voltou a reaparecer há uns anos, promovida por uma cadeia de televisão.

Festas juninas por país

Brasil

As festas juninas, são na sua essência multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa de Santo Antônio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Ásia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.

No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

As grandes mudanças no conceito artístico contemporâneo, acarretam na "adequação e atualização" destas festas, onde rítimos e bandas não tradicionais aos tipicamente vivenciados são acrescentadas as grades e programações de festas regionais, incentivando o maior interesse de novos públicos. Essa tem sido a aposta de vários festejos para agradar a todos, não deixando de lado os costumes juninos, têm-se como exemplo as festas do interior da Bahia, como a de Santo Antônio de Jesus, que apesar da inclusão de novas programações não deixa de lado a cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de serra" nos dias de comemoração junina.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Locais

Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Ásia, Macau, Índia, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição dos santos populares bem marcada.

Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Santo Antônio de Jesus, Amargosa, Cachoeira Cruz das Almas, Piritiba e Senhor do Bonfim na Bahia, na Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Recife em Pernambuco; Aracaju em Sergipe; Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre. Além disso, Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte disputam o terceiro lugar de maior são joão do mundo.

Portugal


Em Portugal, estas festividades, genericamente conhecidas pelo nome de Festas dos santos populares, correspondem a diferentes feriados municipais: São Gonçalo em Amarante; Santo António em Aljustrel, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Lisboa, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real e Vila Verde; São João em Aguiar da Beira, Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Braga, Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lajes das Flores, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, Sertã, Tabuaço, Tavira,Terras de Bouro, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Gaia, Vila do Porto e Vizela; São Pedro em Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Castro Verde, Celorico de Basto, Évora, Felgueiras, Lajes do Pico, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, São Pedro do Sul, Seixal, Sintra e Torres Vedras.

Nas cidades do Porto e de Braga em Portugal, o São João é festejado com uma intensidade inigualável, sendo que a festa é, à semelhança do que acontece no Nordeste do Brasil, entregue às pessoas que passam o dia e a noite nas ruas das cidades que são autênticos arraiais urbanos.

Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos (França, Irlanda, os países nórdicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina e na tradição portuguesa) são costumes ainda hoje praticados em festas de São João europeias.

França

A "Fête de Saint-Jean" (Festa de São João), tal como no Brasil e em Portugal, é comemorada no dia 24 de junho e tem como maior característica a fogueira. Em certos municípios franceses, uma alta fogueira é erigida pelos habitantes em honra a São João Batista. Trata-se de uma festa católica, embora ainda sejam mantidas tradições pagãs que originaram a festa. Na região de Vosges, a fogueira é chamada "chavande".

Polônia

As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente com as regiões da Pomerânia e da Casúbia, e a festa é comemorada dia 23 de junho, chamada localmente 'Noc Świętojańska" (Noite de São João). A festa dura todo o dia, começando às 8h da manhã e varando a madrugada. De maneira análoga à festa brasileira, uma das características mais marcantes é o uso de fantasias, no entanto não de trajes camponeses como no Brasil, mas de vestimentas de piratas. Fogueiras são acesas para marcar a celebração. Em algumas das grandes cidades polonesas como Varsóvia e Cracóvia esta festa faz parte do calendário oficial da cidade.

Ucrânia

A festa de Ivana Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas ucranianas de origem pagã, e vai desde '''23 de junho''' até 6 de julho. É um rito de celebração pelo verão, que foi absorvido pela Igreja Ortodoxa. Muitos dos rituais das festas juninas ucranianas estão relacionados com o fogo, a água, fertilidade e auto-purificação. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para dar sorte. É bastante comum também pular as chamas das fogueiras. As festas juninas eslavas inspiraram o compositor Modest Mussorgsky para sua famosa obra "Noite no Monte Calvo"...

Suécia

As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. É considerada a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais que o Natal. Ocorre entre os dias 20 e 26 de junho, sendo a sexta-feira o dia mais tradicional. Uma das características mais tradicionais são as danças em círculo ao redor do majstången, um mastro colocado no centro da aldeia. Quando o mastro é erigido, são atiradas flores e folhas. Tanto o majstången sueco (mastro de maio) como o mastro de São João brasileiro têm as suas origens no "mastro de maio" dos povos germânicos.

Durante a festa, são cantados vários cânticos tradicionais da época e as pessoas se vestem de maneira rural, tal como no Brasil. Por acontecer no início do verão, são comuns as mesas cheias de alimentos típicos da época, como o morangos e as batatas. Também são tradicionais as simpatias, sendo a mais famosa a das moças que constroem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e colocam sob o travesseiro, na esperança de sonhar com o futuro marido. No passado, acreditava-se que as ervas colhidas durante esta festa seriam altamente poderosas, e a água das fontes dariam boa saúde. Também nesta época, decoram-se as casas com arranjos de folhas e flores, segundo a superstição, para trazer boa sorte.

Durante este feriado, as grandes cidades suecas, como Estocolmo e Gotemburgo tornam-se desertas, pois as pessoas viajam para suas casas de veraneio para comemorar a festa.

Festa do Verão (Suécia)

A Festa do Verão (em sueco Midsommar) é a festa mais popular da Suécia.

É a festa do dia do solstício do Verão, o dia mais longo de todo o ano, com o sol a aparecer lá pelas 4 horas da manhã e a pôr-se lá pelas 10 horas da noite.

É celebrada no último sábado de junho, sendo o feriado mais esperado em todo o ano, tanto por crianças como por adultos.

Os momentos altos da festa são a dança à volta do mastro (majstång) e a refeição com a família e os amigos.

Dança

Adultos e crianças dançam juntas à volta de um mastro enfeitado com folhas e flores coloridas.

Refeição

Prato tradicional: batatas novas cozidas com casca, e arenque curtido, com molho de natas coalhadas e cebolinho.

Para sobremesa: morangos com natas batidas.

Tudo isto regado com sumos para as crianças e cerveja para os adultos.

Aarão



Eu resolvi agora pegar personagens, fatos bíblicos importantes e colocá-los à disposição de vocês. Comecemos com uma biografia bastante importante, um irmãozinho de Moisés que foi somente o primeiro sumo-sacerdote de Israel; Aarão.

Aarão (ou Arão) (אַהֲרֹן, palavra que significa "progenitor de mártires" em hebraico possivelmente relacionado com o egípcio "Aha Rw," "Leão Guerreiro"), foi o irmão mais velho de Moisés (Ex. ii. 4), e primeiro sumo sacerdote dos hebreus.
Aarão (Ou Arraron, tranliterado para hebraico.) teria sido filho mais velho de Anrão e Joquebede (Êxodo 6:20), da Tribo de Levi (1Crônicas 6:1-3). Era bisneto de Levi. Tinha uma irmã mais velha, Miriam, Êxodo 2:4). Casou com Eliseba, filha de Aminadabe, da Tribo de Judá, que lhe deu quatro filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.

Aparece na bíblia quando Jeová, o Deus de Israel o envia desde o Egito para se reunir com o seu irmão Moisés no Monte Horeb. Tornou-se escolhido por Deus como porta-voz (profeta) de Moisés (que teria problemas de dicção de acordo com a tradição),e serviu como orador junto do Faraó, nas diligências que permitiram a realização do Êxodo e da libertação do povo hebreu do Egipto, em direcção à Terra prometida.

Seu papel central levou à sua escolha e de sua descendência em perpetuidade como sumo sacerdote dos israelitas quando da constituição do sacerdócio no Tabernáculo, ainda que posteriormente por covardia tenha participado de algumas rebeliões contra autoridade divina como na criação do bezerro de ouro, ídolo pedido pelos israelitas para guiar-lhes já que Moisés estaria desaparecido pois estava no Monte Sinai recebendo os Dez Mandamentos.

Aarão e Moisés não foram autorizados por Deus a entrar em Canaã. A razão alegada é que os dois irmãos apresentaram impaciência em Cades, no último ano de peregrinação no deserto, quando Moisés bateu na rocha para sair água, quando a ordem de Jeová era que ele deveria comandar a rocha. Da morte de Aarão temos duas historias, a principal e mais detalhada de que Aarão, Eleazar seu filho e Moisés, subiram ao monte Hor, Moisés tirou as vestes de Aarão e as colocou em seu filho Eleazar. E Aarão morreu no alto do monte. Depois disso, Moisés e Eleazar desceram do monte, e , quando toda a comunidade soube que Aarão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias. Aarão tinha cento e vinte e três anos de idade quando morreu no monte Hor, no primeiro dia do quinto mês do quadragésimo ano depois que os israelitas saíram do Egito.A outra historia conta em que os israelitas partiram dos poços dos jaacanitas e foram até Moserá. Ali Arão morreu e foi sepultado, e o seu filho Eleazar foi o seu sucessor como sacerdote. O monte Hor ficava nos limites da tribo dos Edomitas, próximo a Petra, atualmente é território da Jordânia.

A Vara de Aarão

A Vara de Aarão é o nome dado à vara que usada por Aarão para executar sinais prodigiosos diante de Faraó e que serviu como sinal de escolha para o sacerdócio por Deus quando da rebelião de Corá (Números xvii. 8). Esta vara teria sido colocada na Arca da Aliança, o que a tradição cristã também concorda (Hebreus ix. 4) como um sinal da autoridade do sacerdócio aarônico.

A Tumba de Aarão

A tumba de Aarão é o nome dado ao local onde Aarão teria sido enterrado de acordo com Números xx. 23-28. De acordo com a tradição, Aarão teria sido enterrado na Montanha de Hor na época do domínio dos edomitas. A tradição posterior, evidentemente de origem muçulmana crê que se trate de um monte próximo a Petra, chamado hoje de Monte de Aarão, ainda que tal afirmação não concorde com o itinerário dos israelitas conforme estabelecido pela Torá.

Visão rabínica e apócrifa

Os mais antigos profetas e escritores judaicos viram nos seus sacerdotes os representantes religiosos de uma forma inferior à verdade profética, o espírito dos homens sem Deus e sem a vontade de potência necessária para resistir às proclamações idólatras. Assim, Arão, o sacerdote típico, está abaixo Moisés, o representante da verdade profética direta. Porém salienta-se (Sifra, Wa-yiḳra, i) que quinze vezes na Torá é dito que "o Senhor falou a Moisés e Aarão." Quando após o domínio persa, um ideal diferente de sacerdote foi formado (Malaquias. ii. 4-7), a tendência predominante foi a de colocar Arão em pé de igualdade com Moisés. "Às vezes Arão, em outras vezes Moisés, é mencionado em primeiro lugar nas Escrituras, isto para mostrar que eles eram do mesmo valor", diz Mekilta e Eclesiástico XLV. 6-24.

No Corão

No Corão, Aarão é conhecido como Harun. Um dos detalhes importantes que diferem o texto daqui sobre o texto da Torá é o fato de Aarão não estar envolvido na criação do bezerro de ouro.

Comparação de Moisés e Aarão

De acordo com Tan. (ed. Buber, ii. 12), a atividade de Aarão como um profeta começou mais cedo do que a de Moisés. O escritor do Testamentos dos Patriarcas, no entanto, hesita em igualar Moisés "que fala com Deus como com um pai" com Aarão (Testamento de Levi, viii. 17). Os rabinos são mais enfáticos no louvor das virtudes de Aarão. Hillel, que no tempo do Herodes viu a degeneração da classe de sacerdotes, diz: Sejais como díscipulos de 'Aharon que amavam a paz e buscavam a paz, que amavam as criaturas e as traziam para a Torá. (Avot 1:12). Isto é ainda ilustrado pela tradição preservada em Abot der. N. xii. Sanh. 6b, e outros, segundo a qual Aarão era um sacerdote ideal do povo, muito mais amado por sua gentileza do que Moisés. Enquanto Moisés era, por vezes, intransigente e duro, Aarão era pacificador, reconciliando um casal que havia se separado, por exemplo. O luto do povo por Aarão foi maior do que o luto por Moisés, tendo toda a cada de Israel chorado, incluindo as mulheres (Números. xx. 29). Mesmo na fabricação do Bezerro de Ouro os rabinos encontram motivos de isenção para Aarão (Sanh. 7a). Sua força e silenciosa submissão à vontade de Deus sobre a perda de seus dois filhos são referidos como um excelente exemplo para os homens de como glorificar a Deus no meio de grande aflição (Zeb. 115; b Josephus, "Ant." Iii. 8 º, § 7). Particularmente significativas são as palavras representadas como sendo faladas por Deus após os príncipes das doze tribos trazerem suas oferendas de dedicação para o Tabernáculo: "Diga ao teu irmão Aarão: Maior que os presentes dos príncipes é o teu, porque Tu és chamado a acender a luz, e, embora os sacrifícios devem durar apenas enquanto dura o Templo, a tua luz da lei deve durar eternamente" (Tan., ed. Buber,, 6).

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Não Despreze Tua Mocidade

Você é jovem, recebeu um chamado de Deus e realmente tem certeza disso? A primeira coisa a fazer é: “Não despreze a tua mocidade, antes torna-te padrão do fieis na palavra, no procedimento, na pureza, na fé e no amor.” I Timóteo 4.12. Aproveite tudo que puder nessa fase da sua vida e dê testemunho.
Dar testemunho não é ser somente santo, mas sim se mostrar uma pessoa cordial, divertida, confiável com seus amigos, familiares e com quem você não conhece. Não desperdice sua mocidade, nunca se esquecendo de seus valores.
Quanto ao chamado de Deus, não perca sua juventude em virtude dele; mostre interesse mas se estiver estudando, continue. Não estagne sua vida, pois se Deus te chamou na hora certa Ele colocará oportunidades na sua frente e você poderá cumprir o propósito de Deus.
Ter paixão pelo propósito e fazer todo o possível quando tiver à ver com ele, é bom; mas não podemos deixar outras coisas importantes por ele na hora errada, porque todos vão te enxergar sem um foco e também não terão prazer em sua presença.
Administre bem a sua vida e não deixe de fazer tudo que demonstre seu chamado. Tenha paciência, pois não é só você que está preocupado com ele, Deus é o principal preocupado; pois Ele te criou e formou cada detalhe da sua vida. Basta você fazer as escolhas certas, atuar no tempo certo e todas as coisas que você faz de útil extra-chamado, Ele utilizará no seu ministério.



Fiquem na paz.