quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A QUÁDRUPLA SUPERIORIDADE DA VERSÃO KING JAMES

(Este folheto foi traduzido e adaptado do livro :"The Four-fold Superiority of KJV", Dr. Donald A. Waite, Bible for Today, 1992, 900 Park Ave., Collingswood, New Jersey 08108. ISBN # 1-56848-000-8. Used by permission.)

1.Introdução

"Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreendas e sejas achado mentiroso" (Prov. 30:5-6)

O ataque satânico contra a palavra de Deus remonta o Jardim do Éden. A primeira intervenção de Satanás na História foi adulterando e pondo dúvida na Palavra de Deus: nascia a primeira Bíblia na Linguagem de Hoje! O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar a suposta palavra de Deus "modernizada" da boca do Diabo. Séculos mais tarde, Satanás recorreu novamente às Escrituras para tentar o Mestre Jesus em Mateus 4:1-11. Com o passar dos séculos, após a consumação da revelação de Deus no Apocalipse, o ataque satânico ficou mais bem elaborado, usando supostos crentes e sociedades Bíblicas. Nasciam as "versões", com textos manipulados e com técnicas de tradução traidoras do texto original como é o caso da equivalência dinâmica. Vejamos porque a versão King James (e sua equivalente no português – Corrigida de Almeida) é muitíssimo superior às versões modernas as quais devem ser rejeitadas pelos crentes sérios.

2. O TEXTO da língua original da Bíblia King James é superior.

O TEXTUS RECEPTUS (T.R.), texto grego base do Novo Testamento da Bíblia King James, não tinha nenhum contestador desde 1611 até 1881, quando dois heréticos liberais chamados Brooke Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort entraram em cena com esforço concentrado. Eles eram teólogos da igreja Anglicana e passando por "conservadores" editaram o texto Westcott-Hort (WH), que difere em 9.970 palavras (7%) do T.R. que tem sido usado pela cristandade fiel de 19 séculos! Para se ter uma idéia da incomparável superioridade do T.R, dos 5.255 manuscritos gregos do Novo Testamento, que foram preservados e disponíveis para nós hoje, 5.210 (99%)concordam com o T.R. e apenas 45 (MENOS DE 1%) com o WH ! As bases do texto falso, foram desenterradas das profundezas do obscurantismo, esquecimento e desprezo, justamente por não terem credibilidade sendo o WH publicado apenas em 1881. Além do mais, o texto WH se baseou dentre outros, no Codex "B" e Sinaiticus que diferem entre si em 3.000 vezes só nos Evangelhos! Com toda honestidade, qual o texto grego que Deus preservou? A Bíblia diz: em Sal. 12:6-7: "As palavras do Senhor são palavras puras... " O Textus Receptus (T.R.) e Massorético, que são usados também na Bíblia publicada atualmente pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (Corrigida e Fiel), é muito superior ao texto Westcott e Hort (WH), que dentre outras omissões, é ecumênico e por isso mesmo, enfraquece várias doutrinas da fé cristã.

3.Os TRADUTORES da Bíblia King James são superiores!

Bastaria o motivo do texto duvidoso e os homens envolvidos com ele, para qualquer crente sério rejeitar esta "versão", porém, vamos adiante e analisemos os homens envolvidos com o preparo da Bíblia King James. Foram eles 54 eruditos do mais alto grau de brilhantismo, que, em mais de 7 anos de trabalho reverente, árduo e profícuo, prepararam esta versão:

John Bois: Relator dos trabalhos da comissão de forma mais completa. Lia o Velho Testamento no Hebraico com apenas 5 anos de idade escrevendo nesta língua já aos 6 com elegância e estilo. Era especialista em todas as formas de grego. Sir Lancelot Andrews: Líder dos tradutores do Velho Testamento. Falava fluentemente apenas 15 idiomas orientais...Devido à limitação de espaço não se pode detalhar os demais componentes, porém, fica a certeza de que desprezar este trabalho usado grandemente por Deus na salvação de milhões de pessoas nas missões modernas, e se voltar para pseudo-intelectuais e falsos mestres produzidos por esta geração apóstata, é uma decisão pessoal que terá suas consequências diante de Deus.

4. A TÉCNICA de tradução da Bíblia King James é superior!

A técnica usada para a tradução da Bíblia King James foi a equivalência verbal e formal, significando isso fidelidade ao texto original. A palavra tradução (translatus no latim – carregar através) tem o significado de translação ou transporte. Significa transportar um objeto de um lugar (uma língua) para o outro sem mudar suas características quer mudando adicionando ou subtraindo. As versões modernas e pervertidas, todavia, usam num grau maior ou menor, a técnica da equivalência dinâmica. Tal técnica, incompatível com o verdadeiro e honesto tradutor, manipula a palavra ou texto segundo seu bel-prazer. Aliás a expressão equivalência dinâmica já é uma contradição de termos porque equivalência significa igual, imutável. Dinâmica significa em movimento e mutante, progressiva. É uma expressão ilógica e incompatível, própria para enganar os incautos e ingênuos. Ou a tradução é equivalente, ou é dinâmica. O que está por trás dessa técnica mesmo é a velha artimanha maligna de dar ao ser humano o direito de adicionar, subtrair ou mudar a sacro-santa e imutável Palavra de Deus.

5. A TEOLOGIA da Bíblia King James é superior!

A verdade é uma consequência da fidelidade. É lógico que como resultado do texto, tradutores e técnica corretos, a Bíblia King James desponta na superioridade teológica, que é o fruto da verdadeira palavra de Deus. A igreja católica jamais a reconheceu, as seitas a abominam e os liberais apóstatas a odeiam. Os textos da divindade de Cristo, Trindade, inspiração e inerrância das escrituras são contundentes. As doutrinas criacionistas são claras e irrefutáveis. Por outro lado, como seria de se esperar, o texto das versões modernas é infiel, pois os homens são infiéis, a técnica é infiel, o texto base é infiel e como conseqüência não se poderia esperar a verdade como resultado. O Dr. Jack Moorman’s fez uma compilação registrando 356 passagens doutrinárias mudadas pelos textos heréticos Egípcios "B" (Vaticanus) e ALEPH (Sinaiticus). Olhe só dois exemplos: João 3:15 " Para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." (foi retirado "não pereça" !). Mar.9:44-46: Foi retirado o fogo do inferno, etc... O limitado espaço não permite comentar, as centenas de adulterações...

6.Conclusão

A palavra de Deus dura para sempre (Sal 119:160). O Diabo, inimigo número um do Senhor, desde o jardim do Éden tenta acabar com ela. Seja queimando, seja ridicularizando, seja usando um texto parecido (porém falso), ele a persegue. Os verdadeiros crentes, contudo, devem procurar saber e reconhecer as mãos santas e trêmulas que, com temor e reverência, traduziram a pura palavra do Senhor, rejeitando ao mesmo tempo os imprudentes, irreverentes e arrogantes deturpadores dessa geração apóstata.

"E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro. " (Apoc. 22:19)



BIBLIOGRAFIA

A BÍBLIA SAGRADA - Edição Almeida Corrigida e Fiel Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995.

THE HOLY BIBLE, AUTHORIZED KING JAMES VERSION

THE FOUR-FOLD SUPERIORITY OF KJV – Dr. D.A. Waite

A BÍBLIA TRAÍDA, Pr. Aníbal Pereira Reis,1976.

MODERN BIBLE VERSIONS, David W. Cloud, 1994.

THE LIVING BIBLE, BLESSING OR CURSE, David Cloud, 1991.

COUNTERFEIT OR GENUINE?, David Otis Fuller, 1975.

EXPONDO OS ERROS DA NVI, folheto, 1999.

UNHOLY HANDS ON God's HOLY BOOK, David W.Cloud, 1999.

MODERN BIBLES-THE DARK SECRETS, Jack Moorman.

FOR LOVE OF THE BIBLE, David Cloud, 1995

Fonte: Batipst Link

James I




Jaime I (em inglês, James I ; Edimburgo, 1566 – Theobalds House, Hertfordshire, 1625), foi rei da Inglaterra e da Irlanda (1603-1625), sendo antes disso rei da Escócia, com o título de Jaime VI (1567-1625).

Proclamado como Rei da Escócia com um ano de idade, uma série de Regentes governaram durante sua menor idade até 1578. Em 1603 sucedeu Isabel I no trono da Inglaterra e Irlanda, que morreu sem descendência. Os direitos de Jaime ao trono inglês, como descendente de Henrique VII, eram superiores aos de outros pretendentes. Regeu conjuntamente Inglaterra, Escócia e Irlanda por um período de 22 anos, até sua morte aos 58 anos. Depois da União das Três Coroas, Jaime foi o primeiro com pretensões de ser chamado como Rei da Grã-Bretanha, porém encontrou oposição nos parlamentos da Inglaterra e Escócia, que consideravam o título carente de tradição e base legal..[1]

No início de seu reinado na Inglaterra, Jaime I enfrentou com êxito a célebre Conspiração da Pólvora em 1605 e sucessivos conflitos com o Parlamento, que lhe era hostil, especialmente no tocante ao aumento de impostos. Jaime I quis também manter a paz com a Espanha mas suas atitudes confusas causaram a guerra com esse país. Durante seu reinado, Jaime I favoreceu o anglicanismo e perseguiu católicos e puritanos. De acordo com alguns historiadores, a política absolutista de Jaime, sua irresponsabilidade financiera e os favores otorgados a seus favoritos impopulares são as bases da Guerra Civil Inglesa, durante a qual foi executado seu filho e sucessor, Carlos I.

Durante seu reinado a "Era Dourada" iniciada por Isabel I do drama e da literatura continuou com grandes escritores como William Shakespeare, John Donne, Ben Jonson e Francis Bacon, que o Rei patrocinou, contribuindo com o florescimento cultural. [2]

Apaixonado por teologia, o Rei ordenou a tradução da Bíblia que leva seu nome, a Bíblia do Rei Jaime, que ainda até os dias de hoje, é a oficial da Igreja Anglicana. Jaime era um homem muito instruído e inteligente, segundo o Henrique IV da França, Jaime era "le plus savant fou de la chrétienté", algo como "o mais erudito tolo da cristandade". Jaime também escreveu livros como True law of free monarchies e Basilikon Doron, defendendo o "direito divino dos reis".
Jaime Carlos (James Charles) foi o único filho da rainha Maria I da Escócia e de seu segundo marido Henrique Stuart, normalmente chamado de Lord Darnley. Ele era descendente de Henrique VII embora sua avó seja Margarida Tudor, irmã mais velha de Henrique VIII. Margarida era mãe de Margaret Douglas, condessa de Lennox e mãe de Henrique Stuart, Lord Darnley. Ela também era avó de Maria I da Escócia, esta última filha de Jaime V. O reinado de Maria na Escócia foi cheio de insegurança, ela e o marido eram católicos, e lidavam com uma rebelião protestante. O casamento de Maria foi difícil, enquanto ela estava grávida, seu marido aliou-se com os rebeldes e matou o secretário particular da rainha, David Rizzio.


Jaime I quando criançaJaime nasceu em 19 de junho de 1566 no Castelo de Edimburgo, e como filho mais velho do monarca tornou-se automaticamente em Duque de Rothesay e Lorde High Steward. O pai de Jaime foi assassinado em 10 de fevereiro de 1567 em Kirk o' Field na cidade de Edimburgo, talvez em vigança pela morte de Rizzio. Em 15 de maio de 1567, Maria casou-se com James Hepburn, que era um dos suspeitos da morte de Henrique Stuart, isso aumentou sua impopularidade diante da população. Em junho do mesmo ano, uma revolta protestante prendeu Maria no Castelo de Loch Leven; ela jamais veria o seu filho novamente. Ela foi forçada a abdicar em 24 de julho em favor do infante Jaime e apontar James Stewart, Duque de Moray, como regente.

Regências

Foi coroado Rei da Escócia aos 13 meses de idade como Jaime VI, na Igreja de Holy Rude, na cidade de Stirling, no dia 19 de julho de 1567. O sermão foi rezado pelo calvinista John Knox.

Em 1568, Maria I fugiu da prisão levando a um breve período de violência. James Stewart derrotou as tropas de Maria na Batalha de Langside, forçando-a fugir para Inglaterra onde foi presa pela rainha Isabel I. Em 22 de janeiro de 1570 James Stweart foi assassinado por James Hamilton de Bothwellhaugh, para ser sucedido na regência pelo avó paterno do jovem rei Jaime, Mateus Stuart, que foi fatalmente ferido no ano seguinte em um ataque de simpatizantes de Maria I. O seguinte regente, John Erskine, morreu em 28 de outubro de 1572 por causa de uma misteriosa doença depois de ir a um banquete de James Douglas (quarto Conde de Morton), o mais poderoso dos nobres escoceses, ainda mais que os próprios regentes. Morton, que sucedeu Erskine, demostrou ser o mais eficaz dos regentes de Jaime em todos os aspectos, derrotando até às famílias que continuavam apoiando a Maria I, mas fez muitos inimigos.

Sua queda não foi causada pelos partidários de Maria I, mas pelos cortesãos mais próximos do Rei, que pressionaram ao jovem monarcareales, animando-o de tomar o controle do reino em suas mãos. Morton perdeu o favor do rei com a chegada do francês Esmé Stweart, primo de Lorde Darnley, que convirteu-se rapidamente no favorito do Rei.

Morton foi acusado de participar do assassinato de Lord Darnley, pelo qual Morton foi preso, condenado e, finalmente, executado em 2 de junho de 1581. Jaime nomeou Esmé Stweart Duque de Lennox e em 8 de agosto o único Duque da Escócia. O Rei, de 15 anos de idade, permaneceria sob a influência de Esmé por mais de um ano.

Reinado na Escócia

O brasão de armas da Grã-Bretanha em 1603, uma junção dos brasões da Inglaterra, Irlanda e EscóciaEmbora protestante, O Duque de Lennox era aceito pro receio pelos nobres que notaram a afeição entre ele o o rei acusando Lennox de manter relações carnais com o rei.[3] Em agosto de 1582, na Incursão de Raid, os condes protestantes de Gowrie e Angus, respectivamente William Ruthven e Archibald Douglas, sequestraram o Rei Jaime e o prenderam no Castelo Huntingtower e forçaram Lennox a deixar a Escócia. Depois da fuga de Jaime em 1583, ele reassumiu o trono com um controle crescente. Ele aprovou as Actas Negras para afirmar a autoridade real sobre Kirk e entre 1584 e 1603 estabeleceu paz entre os lordes.

Em 1586, James assinou o Tratado de com a Inglaterra. Com a acusação de sua mãe em tentar matar a Rainha Isabel I, Jaime quebrou relações diplomáticas com a Inglaterra depois da execução da mãe. Porém durante a crise da Armada Espanhola em 1588, ele deu apoio a Isabel I como "natural filho e compatriota de seu país".

Casamento

Ana da DinamarcaDurante sua juventude, Jaime demonstrou pouco interesse pelas mulheres e depois da perda de Lennox, ele continuou a preferir a companhia masculina.[4] Um casamento era necessário para reforçar sua monarquia, e a escolha caiu sobre uma jovem de 14 anos, Ana de Dinamarca (nascida em outubro de 1574), filha mais nova do rei protestante Frederico II da Dinamarca. Ao partir rumo a Escócia, ela foi obrigada a parar na costa da Noruega devido a uma tormenta. Jaime foi buscá-la pessoalmente. Eles casaram-se em 23 de novembro de 1589 no Palácio Bishop em Oslo e retornaram a Escócia em maio do próximo ano. A princípio, Jaime estava fascinado por Ana, mas com o passar do tempo ele perdeu interesse por ela. Entre 1593 e 1595, Jaime esteve envlovido com Anne Murray, e depois com Lady Glamis.
Descendência
De Ana de Dinamarca:

Henrique Frederico Stuart (1594-1612), duque de Rothesay desde seu nascimento e quando se pai se tornou rei da Inglaterra foi nomeado Duque de Cornuália (1603) e príncipe de Gales (1610), morreu aos 18 anos provavelmente de febre tifóide
Elizabeth Stuart - Rainha da Boêmia (1596-1662), casada com Frederico V, Eleitor Palatino, morreu aos 65 anos
Margaret Stuart (1598-1600), morreu com 1 ano de idade
Carlos I de Inglaterra (1600-1649), morreu aos 48 anos
Robert Stuart, Duque de Kintyre (1602), morreu aos 4 meses de idade
Mary Stuart (1605-1607), morreu aos 2 anos
Sophia Stuart (1606), morreu entre 48 horas após o nascimento.

Teoria da monarquia

Em 1597–8, Jaime escreveu dois livros, The Trew Law of Free Monarchies e Basilikon Doron (O dom real), nos quais estabeleceu a base ideológica para sua monarquia.

Em Trew Law, ele desenvolve a teoria do direito divino dos reis, onde explica que por razões bíblicas os reis são superiores a outros homens. O documento propõe uma administração centralizada e uma política absolutista, pela qual um rei deveria impor novas leis por prerrogativa real, mas também atender à tradição e a Deus.[5]

O Basilikon Doron, escrito como livro de instrução para seu filho e herdeiro, o Henrique Stuart, na época com 4 anos, é um guia mais práctico para a arte de governar.[6] Apesar de certas banalidades[7] a obra foi bem escrita, e é talvez o melhor exemplo de Jaime em prosa. O conselho de Jaime sobre os parlamentos, que ele considerava só como as cortes pertencentes ao rei, o qual lembra de suas próprias dificuldades com a Câmara dos Comuns: "Não convoque o Parlamento", disse a seu herdeiro, "exceto pela necessidade de novas leis, o que deve ser raro". No Trew Law Jaime afirma que um monarca é proprietário de seus estados do mesmo modo que um senhor feudal possui seu feudo.

Em 1603, Jaime I torna-se rei de Inglaterra, retomando estas suas teorias em polêmica contra a Igreja Católica, então sob o pontificado de Paulo V, que vai mobilizar o cardeal Roberto Belarmino e o doutor Francisco Suárez em defesa da doutrina da Igreja.
O trono inglês
[editar] Proclamação de Jaime I
Nos últimos anos de Isabel I, o ministro chefe dela, Sir Robert Cecil, manteve correspondência secreta com Jaime com a finalidade de preparar a sucessão ao trono da Inglaterra. Antes da morte, da rainha Isabel I havia no testamento de Henrique VIII que a coroa deveria ser passada a Lady Ana Stanley, descendente de Maria Tudor (irmão de Henrique VIII). Entretanto, Jaime era o único aspirante sério à coroa inglesa; os outros, incluindo o visconde de Beauchamp e Lady Ana, não tinham o suficiente poder para defender seus direitos.

Isabel morreu em 24 de março de 1603 e no mesmo dia um Conselho de Ascensão proclamou Jaime como o Rei da Inglaterra. Com medo de alguma reação contrária, Londres foi colocada em alerta mas a notícia da noemação de Jaime não causou revoltas e protestos. No dia 5 de abril, Jaime deixou Edimburgo rumo a Londres. Jaime foi coroado como rei inglês no dia 24 de julho e assumiu o nome de James I (Jaime I), na Escócia ele era chamado de James VI). Isabel I foi a última monarca da Dinastia Tudor: com James I no poder iniciava-se a Dinastia Stuart.

A ascensão de James I marca também a união da Inglaterra e Escócia mas como reinos independentes, embora eles estivessem sob o comando do mesmo monarca. James I não poupou esforços para tentar unir os dois reinos em um só reino, mas isso só foi possível com a Tratado de União de 1707, no reinado de Ana I.

Início do Reinado

Apesar da facilidade da sucessão, James I teve que lidar com duas conspirações em seu primeiro ano de regime, O Complô de Bye e de Main, que levou a prisão entre outros de Sir Walter Raleigh. James manteve o Conselho Privado (ou Privy Council) de Isabel I de acordo com os conselhos de Robert Cecil mas em breve James apoiou a inclusão de Henry Howard e seu sobrinho Thomas Howard assim como outros cinco nobres da Escócia. A introdução de Henry Howard e Thomas Howard marcando o início do poder da família Howard na Inglaterra, que atingiu seu ápice depois da morte de Cecil em 1612.

Nos primeiros anos do regime de James I, ele sofreu grande influência de Cecil (mais tarde Conde de Salisbury), que era assistido pelo experiente Thomas Egerton, que James I nomeou como Barão Ellesmere e Lord Chanceler, e por Thomas Sackville (logo Conde de Dorset), que continuou sendo seu Lord Treasurer. James I criou numerosos títulos nobiliários para recompensar e manter contentes aos cortesãos. No total, durante o reinado de James foram criados 62 novos títulos nobres, em contraste com sua antecessora, a rainha Isabel, a qual havía criado somente 8 novos títulos durante seus 45 anos de governo. James I também se envolveu em numerosos conflitos com o parlamento pois estava acostumado com um tímido parlamento na Escócia.

James I tinha gosto pessoal pela união das coroas da Escócia e Inglaterra para estabelecer uma União Permanente das Coroas sob o poder de um monarca, um plano que encontrou oposição em ambos países.[8] Em abril de 1604, a Câmara dos Comuns recusou o pedido de James I para o título de "Rei da Grã-Bretanha". Em outubro de 1604, ele se autoproclamou o "Rei da Grã-Bretanha", embora Francis Bacon tenha lhe dito que ele não poderia usar este título em nenhum processo legal.

James teve que lidar com conflitos religiosos onde foi lhe mandado uma petição que solicitava tolerância religisosa aos puritanos. Em 1604, ele aceito que fosse feitas tradução oficial da Bíblia, que veio a ser conhecida como 'Versão do rei James' (também chamada de 'Bíblia do Rei James'). Também no mesmo ano, aumentou a caçada às bruxas proclamando a pena de morte sem benefício clerical de última ins~tância para quem invocasse espíritos do mal ou familiares. Esse mesmo ano, terminou com a guerra de vinte anos com a Espanha, conhecida como a Guerra Anglo-Espanhola, assinando o Tratado de Londres.

Conspiração da pólvora

Em 1605, um grupo de extremistas católicos conduzidos por Robert Catesby desenvolveu um plano, conhecido como a Conspiração da Pólvora, que consistia em causar uma explosão na Câmara dos Lordes no Parlamento, em que se reuniriam o rei e os membros de ambas Câmaras do parlamento para a Cerimônia Oficial de Abertura. Os conspiradores sustituiriam Jaime I por sua filha Elizabeth, a qual, segundo eles, esperavam poder converter ao catolicismo romano e, com ela, toda Inglaterra. Um dos conspiradores, entretanto, soltou a informação dos planos da conspiração, por isso ela acabou fracassando. Guy Fawkes, o responsável por executar a conspiração, foi torturado até revelar as identidades dos outros conspiradores, todos os quais foram executados ou assassinados durante sua captura. O cuidado para o não cumprimento das normas anticatólicas por James I assegurou-lhe que não houvesse mais conspirações depois de 1605.

O Rei e o Parlamento

James I impôs direitos aduaneiros sem a aprovação parlamentar, algo que nenhum monarca havia se atrevido a fazer desde o reinado de Ricardo II. A legalidade de tal ação foi desafiada em 1606 pelo mercante John Bates; a corte do ministério da Fazenda, entretanto, ficou a favor do rei. A decisão da corte foi denunciada pelo Parlamento. As relações entre James I e o Parlamento também foram arranhadas pela negativa do parlamento ao plano do reu em permitir livre intercambio comercial entre Inglaterra e Escócia.

Na última sessão do primeiro Parlamento reunido em seu reinado (que começou em 1610), Lord Salisbury propôs um esquema chamdo de o Grande Contrato, que seria uma forma de deixar a coroa livre de dívidas feudais em troca de um subsídio parlamentar anual. O plano, entretanto, fracassou devido a uma facção do parlamento. Frustrado pelos membros da Câmara dos Comuns e pelo fracasso do Grande Contrato, Jaime I dissolveu o Parlamento em 1611.

Lord Salisbury morreu em 1612; outros conselheiros mais próximos do rei, como Robert Carr, foram forçados a sair. O governo pessoal de Jaime I foi desastroso para as finanças, e um novo Parlamento teve que ser chamado em 1614 para obter a criação de novos impostos. Este parlamento, o segundo do reinado de Jaime I, ficou conhecido como o "Parlamento Inútil" porque não pode aprovar nenhuma legislação ou impor nenhum imposto. Jaime I dissolveu este Parlamento rapidamente, quando chegou a ficarr claro que nenhum progresso podería ser feito.

Depois da dissolução do Parlamento Inútil, James I governou sem un parlamento durante sete anos. Empregou os serviços do negociante Lionel Cranfield, que atuou com grande astucia para aumentar o dinheiro da Coroa vendendo títulos e outras dignidades, muitas delas criadas expresamente como fonte alternativa de dinheiro.

O casamento espanhol

Jaime I retratado por Paul van Somer IOutra fonte de dinheiro seria o casamento do Príncipe de gales com a infanta Maria Ana da Espanha. Isto também seria um meio de manter a paz com a Espanha. Apoiado pelos Howard e outros ministros e diplomáticos pro-católicos, a proposta aliança com a maior potência católica não foi bem recibida pelos protestantes ingleses.

O início da Guerra dos Trinta Anos em 1618, logo absorveu toda Europa. Seu genro, Federico V do Palatinado, nomeado rei da Boêmia pelos rebeldes protestantes, foi expulso do país pelo Imperador do Sacro Império Romano Germânico Fernando II em 1620, enquanto que as tropas espanholas invadiram o Baixo Palatinado. Finalmente, Jaime I convocou o parlamento em 1621 para financiar uma expedição militar em apoio ao seu cunhado. A convocação resultou em fiasco duplo, já que, por um lado, os Comuns só aprovaram um financiamento insuficiente para socorrer ao Eleitor Palatino e em novembro do mesmo ano, formularam uma petição para declarar guerra contra a Espanha, e também para que o Príncipe de Gales se casasse com uma protestante. O Rei respondeu dizendo-lhes que não deveriam interferir em assuntos de prerrogativa real ou seriam castigados e o parlamento exigiu o reconhecimento de seus direitos, incluindo o de libertade de expressão, e autoridade para discutir qualquer matéria referente ao bem estar do reino.

Em 1623, o jovem príncipe Carlos e Buckingham decidiram ir a Espanha incógnitos para pegar a mão da Infanta pessoalmente, mas a missão provou ser um erro e uma temeridade. O governo espanhol exigiu a necessidade do Príncipe se converter ao catolicismo e passar um ano na Espanha. Príncipe e o Duque retornaram a Inglaterra sem a Infanta, e imediatamente romperam o tratado, com grande deleite do povo britânico.

Os favoritos do Rei

A rainha Ana morreu em 1619. Havia rumores que Jaime I pouco se afetou com sua morte porque tinha um "especial afeto romântico" com George Villiers, primeiro duque de Buckingham. Os dois se conheceram em 1614, com o rei lhe dando uma grande quantidade de honrarias, culminando com o título de Duque de Buckingham em 1623. Muito provavelmente tenha sido homossexual ou bissexual, pois outorgou títulos de nobreza, terras, pensões e jóias a seus diversos favoritos com tal generosidade que esgotou o tesouro real.

Morte

Durante o último ano de James, com o Duque de Buckingham consolidando seu controle para que Carlos fosse o próximo rei a ser coroado, o rei estava gravemente doente. Em 1625, James tinha vários ataques de artrite e gota.

Morreu em Theobalds House, em Hertfordshire, Herts, em 27 de março de 1625, aos 58 anos de idade, sendo sepultado na abadia de Westminster, Londres.

Fonte: Wikipedia

sábado, 7 de agosto de 2010

Dica de Filme: O Livro de Eli




O que torna um filme em um "cult", um produto que escapa do grande público, mas consegue acertar em cheio um grupo de pessoas que o defende com veemência, a ponto de cultuá-lo? Não há uma fórmula para isso. Afinal, a grande maioria dos cineastas quer mesmo é que seus projetos cheguem ao máximo de pessoas possível. Mas, aparentemente, ser ambientado em um futuro pós-apocalíptico é um dos ingredientes que conta a favor, como em Mad Max, Blade Runner e até mesmo Matrix - que depois acabou virando uma grande franquia de blockbusters.

Pois este é o cenário de O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010), novo filme dos irmãos Allen e Albert Hughes (Do Inferno). Desde a primeira visão que temos do protagonista Eli (Denzel Washington), percebemos que estamos em um lugar diferente da Terra que conhecemos. A fotografia azulada deixa tudo quase monocromático, morto e extremamente seco, como o que restou do planeta. Os buracos que vemos pelo caminho trilhado por ele não deixam dúvidas de que houve uma guerra e muitas coisas explodiram por ali.

Mas ao contrário do que aconteceria em filmes feitos para as multidões, O Livro de Eli não se preocupa em explicar com todas as letras o que aconteceu por ali, deixando para o público a tarefa de completar os pontos. O seu objetivo não é falar do passado, mas sim do futuro. Tudo o que descobrimos é que Eli já está há muito tempo na estrada ("30 invernos já se passaram", diz ele) seguindo as ordens de uma voz, que o orientou a rumar para o Oeste. E cada vez mais acreditamos que nada vai conseguir detê-lo.

Todo cristão deve ver. O filme nos fala de chamado e perseverança na fé.