sábado, 7 de agosto de 2010

Dica de Filme: O Livro de Eli




O que torna um filme em um "cult", um produto que escapa do grande público, mas consegue acertar em cheio um grupo de pessoas que o defende com veemência, a ponto de cultuá-lo? Não há uma fórmula para isso. Afinal, a grande maioria dos cineastas quer mesmo é que seus projetos cheguem ao máximo de pessoas possível. Mas, aparentemente, ser ambientado em um futuro pós-apocalíptico é um dos ingredientes que conta a favor, como em Mad Max, Blade Runner e até mesmo Matrix - que depois acabou virando uma grande franquia de blockbusters.

Pois este é o cenário de O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010), novo filme dos irmãos Allen e Albert Hughes (Do Inferno). Desde a primeira visão que temos do protagonista Eli (Denzel Washington), percebemos que estamos em um lugar diferente da Terra que conhecemos. A fotografia azulada deixa tudo quase monocromático, morto e extremamente seco, como o que restou do planeta. Os buracos que vemos pelo caminho trilhado por ele não deixam dúvidas de que houve uma guerra e muitas coisas explodiram por ali.

Mas ao contrário do que aconteceria em filmes feitos para as multidões, O Livro de Eli não se preocupa em explicar com todas as letras o que aconteceu por ali, deixando para o público a tarefa de completar os pontos. O seu objetivo não é falar do passado, mas sim do futuro. Tudo o que descobrimos é que Eli já está há muito tempo na estrada ("30 invernos já se passaram", diz ele) seguindo as ordens de uma voz, que o orientou a rumar para o Oeste. E cada vez mais acreditamos que nada vai conseguir detê-lo.

Todo cristão deve ver. O filme nos fala de chamado e perseverança na fé.

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